RTP Surpresa com o anúncio da falência da Quimonda.
A multinacional alemã Qimonda declarou falência. O anúncio foi feito há pouco, na Alemanha, e pouco tempo depois da empresa ter recebido avultados empréstimos no valor de milhões de euros por parte dos governos alemão e português.
A empresa multinacional Qimonda, com uma fábrica em Vila do Conde e considerada a maior fábrica europeia de montagem e teste de produtos de memórias destinadas a computadores, leitores mp3 telemóveis, consolas e máquinas fotográficas, acabou de anunciar a falência.
O anúncio não deixou de surpreender já que no início deste ano a multinacional Qimonda tinha recebido empréstimos avultados de milhões de euros quer por parte do governo alemão, quer por parte do governo português.
Recorde-se que já este ano o Primeiro-Ministro, José Sócrates, tinha justificado esta ajuda financeira por força da Qimonda ser "a principal exportadora portuguesa”.
O grupo era considerado um dos maiores investidores estrangeiros em Portugal.
Sindicato na expectativa
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Norte, Daniel Sampaio, acredita que esta notícia venha a ter implicações na unidade fabril de Vila do Conde.
"Nós ainda não temos as informações todas de que necessitamos, mas calculamos, naturalmente, que o que está a acontecer na Alemanha terá implicações muito sérias aqui na unidade em Portugal", começou por referir o sindicalista à RTP.
No entanto, Daniel Sampaio, faz questão de lembrar "que se tal acontecer há um quadro de dois mil trabalhadores nesta unidade de Vila do Conde, metade com contrato precário" e que assim sendo vê "com muita preocupação reforçar o contingente de desempregados em Portugal".
"Estamos ainda muito na expectativa de ver o que é que o Governo vai dizer sobre este assunto, mas será de prever que se perde uma unidade fundamental da nossa economia, apesar das vicissitudes de que se tem revestido a presença da Qimonda em Portugal", adiantou o Presidente do sindicato.
Sampaio fez ainda questão de lembrar que "a Qimonda tem um horário de 12 horas que impôs aos seus trabalhadores e que, pelos vistos, não foi suficiente para salvar esta empresa".
Mesmo assim aguarda "com expectativa aquilo que o Governo tem para dizer no sentido de ver o que se pode fazer para salvar a empresa".
Já em relação aos empréstimos que foram anunciados há bem pouco tempo por parte dos governos da Alemanha e de Portugal, Daniel Sampaio foi claro.
"Já na altura dos empréstimo nós pedimos que fossem acompanhados de uma maior fiscalização, de um acompanhamento rigoroso porque percebia-se que já existiam problemas muito complexos nesta unidade", comentou.
Apesar de tudo, o representante dos trabalhadores diz "não saber que foi feito, nem sabemos se a Qimonda chegou a beneficiar dessa ajuda" por isso considera importante "manter alguma expectativa em relação ao futuro desta unidade".
Insolvência visa acelerar reestruturação
O presidente executivo da Qimonda, Kin Wah Loh, já veio esta manhã afirmar que o pedido de insolvência visa fazer regressar a empresa a uma situação sólida, acelerando o processo de reestruturação.
"Esperamos continuar os nossos negócios com o apoio de um administrador provisório de insolvências", anunciou Kin Wah Loh ao mesmo tempo que defendia a reestruturação para "fazer regressar a empresa a alicerces sólidos".
O Tribunal anunciou já o nome de Michael Fafe como administrador de insolvências depois de ter confirmado que "o requerimento deu entrada, e a cabe agora ao juiz competente", decidir.
Recorde-se que ainda ontem surgiram notícias de que a Qimonda tinha comunicado que necessitava de um financiamento de mais 300 milhões de Euros para sobreviver e que hoje um jornal alemão colocar a hipótese de o Estado alemão ou o Governo regional da Saxónia e Portugal ainda salvarem a Qimonda no último minuto.
Só que em comunicado a empresa já anunciou que o plano de salvação concebido pela Saxónia, por Portugal e pela Infineon "não foi concluído a tempo, apesar das intensas, mas complexas negociações, bem como aos apoios financeiros garantidos por clientes nos últimos dias e semanas".
O anúncio não deixou de surpreender já que no início deste ano a multinacional Qimonda tinha recebido empréstimos avultados de milhões de euros quer por parte do governo alemão, quer por parte do governo português.
Recorde-se que já este ano o Primeiro-Ministro, José Sócrates, tinha justificado esta ajuda financeira por força da Qimonda ser "a principal exportadora portuguesa”.
O grupo era considerado um dos maiores investidores estrangeiros em Portugal.
Sindicato na expectativa
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Norte, Daniel Sampaio, acredita que esta notícia venha a ter implicações na unidade fabril de Vila do Conde.
"Nós ainda não temos as informações todas de que necessitamos, mas calculamos, naturalmente, que o que está a acontecer na Alemanha terá implicações muito sérias aqui na unidade em Portugal", começou por referir o sindicalista à RTP.
No entanto, Daniel Sampaio, faz questão de lembrar "que se tal acontecer há um quadro de dois mil trabalhadores nesta unidade de Vila do Conde, metade com contrato precário" e que assim sendo vê "com muita preocupação reforçar o contingente de desempregados em Portugal".
"Estamos ainda muito na expectativa de ver o que é que o Governo vai dizer sobre este assunto, mas será de prever que se perde uma unidade fundamental da nossa economia, apesar das vicissitudes de que se tem revestido a presença da Qimonda em Portugal", adiantou o Presidente do sindicato.
Sampaio fez ainda questão de lembrar que "a Qimonda tem um horário de 12 horas que impôs aos seus trabalhadores e que, pelos vistos, não foi suficiente para salvar esta empresa".
Mesmo assim aguarda "com expectativa aquilo que o Governo tem para dizer no sentido de ver o que se pode fazer para salvar a empresa".
Já em relação aos empréstimos que foram anunciados há bem pouco tempo por parte dos governos da Alemanha e de Portugal, Daniel Sampaio foi claro.
"Já na altura dos empréstimo nós pedimos que fossem acompanhados de uma maior fiscalização, de um acompanhamento rigoroso porque percebia-se que já existiam problemas muito complexos nesta unidade", comentou.
Apesar de tudo, o representante dos trabalhadores diz "não saber que foi feito, nem sabemos se a Qimonda chegou a beneficiar dessa ajuda" por isso considera importante "manter alguma expectativa em relação ao futuro desta unidade".
Insolvência visa acelerar reestruturação
O presidente executivo da Qimonda, Kin Wah Loh, já veio esta manhã afirmar que o pedido de insolvência visa fazer regressar a empresa a uma situação sólida, acelerando o processo de reestruturação.
"Esperamos continuar os nossos negócios com o apoio de um administrador provisório de insolvências", anunciou Kin Wah Loh ao mesmo tempo que defendia a reestruturação para "fazer regressar a empresa a alicerces sólidos".
O Tribunal anunciou já o nome de Michael Fafe como administrador de insolvências depois de ter confirmado que "o requerimento deu entrada, e a cabe agora ao juiz competente", decidir.
Recorde-se que ainda ontem surgiram notícias de que a Qimonda tinha comunicado que necessitava de um financiamento de mais 300 milhões de Euros para sobreviver e que hoje um jornal alemão colocar a hipótese de o Estado alemão ou o Governo regional da Saxónia e Portugal ainda salvarem a Qimonda no último minuto.
Só que em comunicado a empresa já anunciou que o plano de salvação concebido pela Saxónia, por Portugal e pela Infineon "não foi concluído a tempo, apesar das intensas, mas complexas negociações, bem como aos apoios financeiros garantidos por clientes nos últimos dias e semanas".
RTP
2009-01-23 11:53:06
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